domingo, 1 de maio de 2011

REDE DE ESGOTOS DE PARDIEIROS

2009.JUN.26 - QUE ESGOTOS FORAM CRIADOS EM PARDIEIROS?
"- Para onde foram as águas que outrora bebíamos nas poças do Linharzinho...?"
Foi assim que, em determinado momento, uma Beijosense se lamentou para nós, pela má experiência que passou, quando quis reviver o passado.
Procurou a água onde tantas vezes matou a sede, sempre que andava no Linharzinho.
Quis recordar velhos tempos.
Foi passear por aqueles campos, para matar as saudades dos caminhos que percorreu na sua joventude.
Ainda encontrou aquela poça, todavia, agora, coberta de silvados, talvez quanto convém, mas água... não! Encontrou ali a foça a céu aberto, dos esgotos da Aldeia de Pardieiros. 
Para  confirmarmos aqueles lamentos da nossa conterrânea, no dia 25 de Junho de 2009, deslocámo-nos à Estrada de Pardieiros, para nos inteirarmos da localização da respectiva rede de esgotos. Logo a seguir ao Campo de Futebol de Pardieiros, na Estrada principal, seguindo a partir de Beijós, localizámos a primeira tampa metàlica mesmo no asfalto da estrada.
Num caminho fazendeiro, para a direita, logo a seguir à casa do Nuno Rebelo, e depois pelo meio das terras, para Sul da Estrada, descobrimos uma carreira de tampas idênticas.
Fomos colhendo as  fotografias que pudemos e falámos com alguns Pardieirenses, para nos documentarmos, sem divulgar os nossos propósitos.
Na encosta do Linharzinho, a caminho da ribeiro do Poço Negro, confirmámos que a tal poça estava coberta com silvas, vegetação espontânea, as quais escondem o vazadouro dos detritos.
Depois,  quando as águas atingem determinado caudal, lá vão correndo a céu aberto, para a ribeira, sem que tenham qualquer tipo de tratamento.
Temos a convicção de que se comentássemos este assunto com as populações haveria alguém que procurava  impôr o seu parecer sobre os esgotos, uma vez que, ainda que não tenham sido concluídos, já as beneficia, apesar do prejuízo para os habitantes de Beijós.
Pelas diligências que encetámos ficámos com a impressão de que aquele problema preocupa bastante as autarquias, mas a falta de verbas têm dificultado a execução da obra para o resolver.
Realmente, as coisas não estão bem!
Já abordámos os problemas que encontrámos com os esgotos de Aguieira/Carvalhal Redondo, Pisão, Moreira e Santar, no concelho de Nelas, porque as águas residuais, mal tratadas, entram no leito da ribeira do Pisão e por ali correm também ao ar livre,  a Norte de Beijós, matando toda a fauna e flora que nela se encontra.
Agora vemos que a nossa casa também não está devidamente arrumada.
A Câmara Municipal de Carregal do Sal tem ainda este berbicacho para resolver, para que, então, possa exigir a reparação dos danos á vizinha Câmara de Nelas e, assim, ambas resolverem os problemas das populações de Beijós e evitar que esta aldeia fique atolada nos esgotos dos outros.
Os Beijosenses têm cada vez mais razão para exigirem a alteração deste tipo de situação, para que Beijós continue a ter ar respirável.

2 comentários:

  1. Terá sido por causa destas tampas de esgotos que, há já a algum tempo, um pardieirense mandou uma crítica num comentário, em Pardieiros Online?

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  2. Os Beijosenses têm que levar estas coisas da poluição muito a sério.
    Se o não fizerem, qualquer dia não podem comer seja o que for produzido nos seus campos, pelo menos os que ficam mais próximo das ribeiras e que possam ser banhados pelas suas águas.
    Vejamos os problemas actuais na Europa, com a E-coli.
    Vamos lá abrir os olhos. As aldeias que vazam os esgotos para as ribeiras que banham os campos de Beijós não se preocupam. Têm que ser os Beijosenses.

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